O FAROL
DAS LETRAS
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"Um mar de possibilidades, onde a voz do escritor ecoa sobre as ondas"...
Luiz Carlos Dias, Professor.


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Sentimento Armado

Assim se fez amor... Era uma vez.

Na vila, todos sabiam do caso da princesa Ariel e seu amante Pedro. Só não desconfiava o esposo dela; homem de posses, dono da metade do condado, a outra pertencia a uma espécie de igreja. Sendo esta administrada por Gusmão, amigo fiel de Pedro. Conta os anões que Ariel cansou de seu marido, das noites mal dormidas, do cheiro de vinho da boca escancarada e da protuberância que se erguia entre as pernas. O caçador chegou a presenciar certo flerte na taverna da Diná, mas, por ser carrancudo, não levou o caso adiante. Diná, outrora, trabalhara como fada madrinha, eram dela os vestidos cor de rosa e azul turquesa, além, é claro, das aspirinas tomadas depois dos casamentos. Agora, aos cem, só fazia toalhas de tricô com as agulhas emprestadas da vovó da chapeuzinho.





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