O FAROL
DAS LETRAS
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"Um mar de possibilidades, onde a voz do escritor ecoa sobre as ondas"...
Luiz Carlos Dias, Professor.


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O Épico

De repente, o mar a bater as ondas límpidas na areia!
O sol, a amanhecer, escala, por de trás das águas, as figuras heróicas;
Um Solitário Jovem Marinheiro observa os tons azulados, alaranjados no céu.

A mulher, esposa, à distância, anseia pela volta do soldado marinheiro,
Casa arrumada com os enfeites à porta e a ceia posta com o leitão dourado,
O templo do descanso na eterna busca do regresso a espreitar pela janela d'alma.

O coração rumina os medos e a mente calcula os derrotados,
Ferimentos pelo corpo cicatrizando com os mortos-vivos a suspirar...

No convés, posta de lado a esperança, os soldados se agrupam em ignorância.

Ao chegar no porto, a areia alisa os pés dos marinheiros,
O navio, ancorado ao chão, não sairá enquanto a revoada perdurar,
Capitão Jovem Marinheiro abraça a mulher e sente o eterno prazer da volta.

A mulher aponta com o olhar o caminho do desejo, repleto de sossego;
O lar os abraça como a um útero da mulher o filho terno,
A refeição diminui a angústia da espera, enquanto a terra adormece.





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