O FAROL
DAS LETRAS
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"Um mar de possibilidades, onde a voz do escritor ecoa sobre as ondas"...
Luiz Carlos Dias, Professor.


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Meu mal: você

O meu mal foi ter bebido da sua água,
entregue meu coração a quem me fez tanto.
Seu olhar entrou pela porta da sala de estar
e me derrubou em emoções, me fez de chão.

E pisou...

Pisou em mim, sem notar as minhas notas tocadas
naquele doce piano, entregue com a esperança
nas manhãs de sábado, quando o sol ainda
brilhava sobre nossas cabeças.

Bebia do vinho tinto que escorria dos seus lábios,
me entregava aos soluços noturnos.
Oh, terrível embriagues! Aparta-se de mim
ou me cale desta vez então.

Na imensidão do seu olhar, com o toque do cetim
rubro, me cubro com ele - sem fim, afinal.
Escorregadio veneno, cobra sorrateira a me morder
entre os dentes brancos e fartos. Farta-me essa distância!

Tinjo-me com seu veneno, enquanto bebo o líquido
da garrafa com o meu fim e me cubro com a mulher
que me fez tanto naquela manhã de sábado ensolarado
dentro do lar de nossas emoções aparte da arte, em fim.





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