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Luiz Carlos Dias, Professor.


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A maçã amor

Era uma vez um lugar de belas paisagens, com musas incríveis de cabelos longos e olhos claros. O príncipe, não tão belo assim, desejava se casar com uma daquelas musas e ser feliz até que a morte os separasse. Os castelos já não existiam; pois, o melhor eram o luar e as estrelas mágicas por sobre as cabeças encantadas. O príncipe, um dia, ao contemplar o horizonte, avistou a mais bela de todas as princesas.
- Linda!
As estrelas fugitivas no céu como os vaga-lumes em noite de verão.
Ao se aproximar, a bela mulher lhe entregou uma maçã, e ele sabendo que comer maçãs é sinal de infelicidade, decidiu negar, prontamente, a oferta.
Uma lágrima pura e cristalina escorreu pelo rosto daquela que um dia seria amada na cama dos desejos mais profundos. Tal lágrima deslizou pelo corpo alvo, manchando as vestes rosadas, o que deixava transparecer as curvas do corpo nu, que um dia não mais seria dele. Quando tocou levemente o chão, o gramado verde repleto de roseiras, a bela mulher transformou-se numa estátua - dessas que existem e persistem em nossos pensamentos longícuos; pensamentos da saudade do que nunca tivemos.
O príncipe ainda tentou segurá-la pelos braços e lhe dar um beijo, mas já se evidenciava a escuridão no amor - uma tragédia para a felicidade desta história.
E ele ficou a contemplar a imagem alva
E ele fitava o horizonte negro
E ele não mais falava sobre amores
E ele se perdeu em si mesmo
E ele não encontrou a felicidade
E ele só tinha a estátua, que ainda segurava a maçã, vermelha.
A ele, restava lhe a maçã. Decidiu, então, comê-la e sentir o sabor dos lábios da amada; mas, mais uma vez, mesmo diante da mais bela mulher de todos os reinos, ficou reticente e parou só para ver o quão vermelha era a maçã.

FIM





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