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Luiz Carlos Dias, Professor.


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Morangos com chocolate

Tem coisas que são difíceis de se esquecer: a primeira bicicleta, o primeiro beijo, o primeiro por-do-sol acompanhado, a primeira discusão com os pais, o primeiro Mico, a primeira despedida, a primeira morte... 
(Pedro entra e derruba os pratos da mesa da cozinha)
Mãe: já disse pra prestar atenção no que faz, não Pedro?!
Pedro: Sim mãe. (Com cara de poucos amigos)
Mãe: O que foi? Cortou-se?! (aproxima-se do filho)
Pedro: Não foi nada não. Mãe, cadê a minha bicicleta?!
Mãe: Não sei Pedro. Já olhou no quartinho do quintal. Você sempre esquece coisas lá.
Pedro leva alguns minutos para responder, então diz:
- Não sei. Talvez sim. Vou ver. (Pedro saí da cozinha)

Naquela manhã, a rua estava calma com os pássaros cantando. A primavera aproximava-se do portão das casas coloridas, pois as flores abriam-se num ângulo tão belo, que moradores de outras ruas vinham admirá-las. O sol nascia por de trás das árvores, as quais cresciam pelas calçadas com gramas esverdeadas. Nínguem imaginara um lugar que não fosse aquele para morar, criar os filhos ou velhar.

(No quartinho aos fundos da casa rosada)

Pedro: E não é que mamãe tem razão. A minha bicicleta tá aqui. (Pega a bicicleta e saí pelo corredor lateral da casa)

(Na rua, em frente da casa rosada)

Mariana: Pedro, Já fez a sua lição?! Vou falar pra sua mãe que você tá indo brincar, hein!
Pedro: Tia, já fiz sim. (Com cara de mentiroso). Era só um exercício de matemática.
Mariana: Sei. Vou ver se tá certo mesmo. Senão, vou falar pra sua mãe te por de castigo.
Pedro: Tá bom, tá bom. (Corre com a bicicleta pela calçada).

Pedro é um menino bom, arteiro, gosta de brincar na rua com os amigos (só com os meninos, porque, como ele diz, as meninas são bestas e falam tudo para os pais). Ele também gosta de ler, mas quando se fala em escola, odeia. Ah, tem os bolos de chocolate que sua avó faz, isso ele ama mais que tudo.





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