O FAROL
DAS LETRAS
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"Um mar de possibilidades, onde a voz do escritor ecoa sobre as ondas"...
Luiz Carlos Dias, Professor.


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Achados e perdidos

Nos nossos caminhos facilmente perdemos e achamos algo. Quando se é jovem, a vida se mostra às vezes desafiadora, mas, ao mesmo tempo, gostaríamos que nada fosse real em nós mesmos: as transformações no corpo, os embates familiares, as amizades, as quais se tornam mais necessárias na medida em que devemos nos apresentar para a sociedade. Surge a questão da identidade, como se não bastasse o nosso RG provando aos demais que existimos enquanto cidadãos - é preciso usar a voz e, por sua vez, encontrar-se conosco.
Doze anos é o início de uma nova faze, com obstáculos maiores; mas, o mais complicado nessa nova relação que se estabelece é suportar o peso de nós mesmos - o peso dos nossos medos, da nossa loucura. Contudo, quem não é louco, não é?! Há em nós gotas de insanidade, pois, por meio delas, aprendemos que o mundo não gira em torno da gente; ele está lá onde deveria estar e é a gente que caminha com ele, até chegar o momento em que restarão somente as nossas cinzas como testemunhas de uma era da qual fizemos parte. Tais cinzas entrarão em contato com o solo, pisado por todos aqueles que tivemos que mostrar as nossas vozes. Do solo, surgirão novos e novas e estes continuarão a trilhar os caminhos que um dia foram nossos. Nossas cinzas são a herança que deixamos, depositadas em um banco, seguro. 
O banco do tempo, por isso cabe a cada um não ficar preso às amarras do que estar por vir, mas sentir o presente, valorizar os gestos, os cheiros, os toques.  É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...
Enfim, em tempos de aprovação, pense: não são os outros que nos levam ao exagero de nos aceitar, mas nós mesmos que vestimos a roupa de uma necessidade banal. O melhor grupo é a família, isto porque ela nos recebe de braços aberto no momento do regresso. Ao voltarmos da adolescência, percebemos que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, quase insuportáveis, temos nela o grande espetáculo da vida, ou um dos; talvez aquele que construirá o nosso caráter, o que seremos para o resto de nossas míseras vidas; até nos tornarmos cinzas e nos entregarmos à natureza novamente. É, por tanto, este o caminho de achados e perdidos: nem ser criança nem ser adulto...
O que sou? Um ser humano em evolução! Aprendendo a ser eu mesmo.

Crônica dedicada aos meus girininhos, que, aos poucos, se tornam homens e mulheres.





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