O FAROL DAS LETRAS |
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Ainda que parasse o temido tempo
Há em meu jardim a presença do seu cheiro. A água corre deliciosamente pelos cantos dos olhos. Um vida sem eira nem beira... O brilho do seu olhar ainda acende em meus pensamentos! Quereria que o tempo parasse e pudesse enxergá-lo com o mesmo sentimento de felicidade da criança. Os lábios sujos de morango, sorvete derretendo, os passos pelas calçadas, apressadamente eles me dizem que queres ir embora, fostes. Saudade agarra o coração, não quer deixar, criança. Seus dedos a dedilharem os espaços brancos do papel. E, com o meu pincel, tento rabiscar esse quadro. Sujo-me de tinta, rasgo a camisa e grito Vizinhos escutam e se assustam Equanto a cigana lê tal sorte: "Estas fadado a traição, rapaz!" Procuro, enfim, o tango... Encontro o caliente sentir do vento nos cabelos do peito, mulher. Você saí correndo e nem olha pra trás, facilmente mente fácil me deixa doente, o poente se faz presente na tarde de nós dois. Escrevo com sangue as letras do poeta; este condenado a sofrer, eternamente. Viro a página do jornal e lá está a foto do casamento: Veio, Veio, Veio em som tônico! ÉIO ÉIO ÉIO Quero me atirar do décimo andar, mas, encontro-me no térreo. Cavo fundo um buraco em mim com a pá do seu futuro esposo. Não posso, não posso, já falei tá, sei, mas é tão díficil pra mim. Quem sabe na próxima primavera?! Aplausos! Sou poeta, finjo a "dor que deveras sinto". ![]() |
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